quinta-feira, dezembro 18, 2003

Árvores

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Lembram-se de quando desenhavam árvores de Outono nos cadernos de escola?
Por mais que tentássemos representar o emaranhado de troncos, ramos e galhos, a natureza superava-nos sempre! O desenho nunca parecia natural, pareciam sempre demasiado forçados os recortes dos troncos e o intrincado dos ramos.
Eu preferia desenhar árvores moribundas, daquelas cujo tronco surge tão despido de ramos que com um único traço contínuo conseguimos representar a sua silhueta.
Lembrei-me disso ao olhar as árvores recortadas contra o céu.
Pareciam mãos de pele fina e transparente, com veias demasiado vincadas.
Pareciam mãos cansadas e idosas tentando agarrar o céu.

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