domingo, outubro 19, 2003

Cães e Gatos ou a Guerra dos Sexos

“Será por essa razão que os homens preferem os cães e as mulheres preferem os gatos?
Será que os homens preferem lidar com alguém leal e dedicado que vai estar ao seu lado para o apoiar?
Será que as mulheres preferem alguém traiçoeiro e individualista?
Será esta a razão porque as mulheres gostam de viver amores impossíveis?
Será por esta razão que as mulheres gostam dos maus da fita?
E quem disse que ser chamado de gato é elogio?
Há quem goste e quem não goste.
E será que devo sentir que estão a duvidar da minha dedicação se me chamarem de "gato"?”


Este comentário foi colocado no meu primeiro texto sobre Cães e Gatos. Como o mail deixado não era um mail válido, aqui ficam mais umas reflexões.

Cães e Gatos, Homens e Mulheres, Arquitectos e Engenheiros … e mais alguns que se possam lembrar, protagonizam rivalidades nas histórias e anedotas que passam por aí e deixam imagem vincadas nas pessoas e nas mentalidades.

Em parte das vezes essa rivalidade, esse confronto é mais inventado que real. Tive uma gata e uma cadela que dormiam juntas e eram inseparáveis.

Não sei, como dizem no comentário, se as mulheres gostam mais de gatos e os homens de cães. Acho que nesta preferência o sexo do indivíduo será o factor menor.

E também acho que nisto do amor, de quem se gosta e de como se gosta, as diferenças de género tem tendência a ficarem bem mais esbatidas. O que era tradicionalmente uma forma masculina de estar numa relação é cada vez mais adoptada indiferentemente por ambos os sexos. E o mesmo se passa com o modo feminino.

Não serão só os homens a preferir “lidar com alguém leal e dedicado”, acho que qualquer pessoa preferirá isso a alguém “traiçoeiro e individualista”.

E também acho que ninguém busca conscientemente um “amor impossível”, pode buscar um desafio, pode nem buscar nada e simplesmente acontecer, deixar-se ir como um barco num rio e quando der por si já se encontrar em alto mar.

E o que é que caracteriza um amor impossível?
É aquele que não é correspondido? O que não pode ser concretizado? Ou simplesmente aquele que não se enquadra nos cânones da sociedade?

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